sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Um breve diálogo


- Lewis. Uma coisinha pra você: nada de comentários, nada de análises sociológicas – você não sabe e não tem autoridade pra isso -, nada relatos, crônicas sobre o nada, nada, nada, nada, nada. POR FAVOR! Cale essa boca, ou melhor, que seus dedos não toquem os teclados de nenhum computador e se, por acaso, lhe derem a palavra – Meu filho! - fique em silêncio. Você não tem nada para dizer as pessoas. Fique um tempinho assim. Depois me procure e conte-me como foi a experiência.

Recebi um abraço. Não havia nada de animador. Talvez, fosse tristeza compartilhada, cada um à sua maneira. Da minha parte chegará a conclusão que pouca coisa valia a pena. O meu barulho, minhas inquietações, os livros, as teorias, a rapidez em pensar, as reuniões, a política-, ufa!-, não sou o único. O que acreditava ser possível não é possível. O seu conselho e abraço indicavam apenas uma coisa: a retribuição de seus conselhos num aperto de mão e riso discreto. O silêncio que se seguiu foram os momentos mais rápidos, mas o suficiente para entender o quanto estava correto. 


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