Um
coisa tenho aprendido ao longo de minha caminhada: nada é por acaso.
Ou melhor, o acaso não existe. Penso nisso, no momento que tendo
escrever essas palavras entre dores nos braços, na coluna e uma leve
luxação quatro dedos abaixo do joelho, que pulsa num ardor pouco
comum. Poderia ser pior, verdade! Mas como nada é por acaso, depois
que a adrenalina baixou fiquei pensando como? Como? Parei e, sem
entender, minha street 150 cc tombava para o lado direito. Busquei
apoio duas vezes, mas sem força só me restou deixar a moto deitar.
Por alguns segundo pensei que faria parte pandemia de acidentes de
moto. Com o motor quente sobre minha perna direita, sem força e sem
entender o que acontecia procurava me levantar. As botas ajudam
bastante, do contrário teria virado o pé. Fui ajudado por um
senhor que cuidou de levantar a moto e me levantar. Não tinha força
alguma,a não ser um enorme peso do qual não tinha controle. Graças
a Deus apenas dores pelo movimento. Recuperado arrastei a moto para a
calçada. Distração deixa a chave na ignição e a parte elétrica
ligada. Algumas mensagens para dizer o quanto me atrasaria.
Mas,
como nada é por acaso, pensava nas razões da queda. De modo mais
imediato diria que um “apagão”. Talvez, o mesmo apagão que
vivo, tombando sem movimento. As vezes penso que estou caindo, do
mesmo que a moto, caindo sem movimento num apagão que beira o
existencial. Como nada é por acaso, não custa pensar um pouco
nestas coisas, recuperar-se das dores e seguir pilotando com a devida
atenção, com a mãos em punho firme. Do mesmo modo, a viver. Com
cuidado para não cair parado. Rezando pelo fim desse apagão.
Ah!
Só pra não esquecer: não costumo levar as coisas na dita
“maciota”. Prefiro pagar o preço da seriedade do que levar as
coisas na dita “maciota”, ou seja, cair parado evitar, sempre que
possível.
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