Ultimamente tenho procurado me desligar de algumas coisas, buscando
referências para reinventar-me. Num cenário no qual todos apresentam
poucas perspectivas. É a velha inevitabilidade das coisas,
determinismo infundado, muitas vezes até justificado pelo que chamam
de conhecimento científico. As vezes a sombra e quando não, te
apresentam para que sinta medo para que a união de covardes aumentem
na mesma proporção. Pior ainda, quando se liga a televisão e vem o
mesmo blá, blá, o barulho e a confusão de imagens que nos mantém
informados, mas no tira as possibilidades de conhecimento e de
caminhos possíveis.
Pensei nessas questões enquanto pedalava. Nos primeiros metros
impressionava a quantidade de poeira que cobria a velha bike. Num
exercício de força buscava pensar do que seria esses tempos
modernos, difíceis e inevitáveis. Depois de quinze minutos você
perceber que está vivo, que sua atividade mental fica até mais
rápida, esqueço até de coisas mais desagradáveis e se coloca a
dar mais uma volta, duas, três, em 45 minutos quero apenas voltar
pra casa, porque o tempo “vago ele não existe”. Ainda faltam
outras 30 páginas para escrever, o romance que já planejo escrever.
Claro que não dá pra esquecer de algumas coisas que são objetivas:
o mundo da vida é bem objetivo. Nossas correspondências lembra isso
todos os meses. Bom! Mas não é apenas isso. A reinvenção da vida
exige criatividade para podermos acreditar naquilo que não vemos e
não almejamos. Particularmente, penso numa perspectiva que vinha
apresentando recentemente, que vi de autor americano: a sociedade
como cenário e o mundo da vida como sociodrama. Nesta perspectiva
temos que ter a noção exata daquilo que somos e do nosso papel.
Isso é fundamental porque não faltam péssimos atores querendo
estragar a cena de deteriorar nosso papel social.
… vou parar por aqui, porque acabo de receber um e-mail de um
desses péssimos atores, que esnobam sua burrice na mesma proporção
de sua pedância. Assim é complicado escrever ...
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