terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Um bom inicio na geladeira

Impressiona nossa incapacidade de nos desligarmos de toda essa parafernália eletrônica e cibernética. Dizem que é um processo irreversível, etc e tal. Tudo bem, que seja! No entanto, o que aborrece é que tudo tem que ser ao tempo e a hora, sempre, sempre. Confesso que não estou muito preocupado com estas coisas, muito pelo contrário. O que incomoda é a maneira autoritária como se tenta convencer de que tudo isso é importante. Assusta, também, como “a nova classe média” parece um produto de formato destes meios e, faz questão de deixar claro isso, com gestos irritantes de mal educação em espaços públicos como cinemas, restaurantes e até mesmo em coletivos, num gesto de exibição de todo barulho que se faz com esses trequinhos eletrônicos, como se estas ferramentas fossem um apêndice de seus corpos. Se antes já não existia respeito, agora... Doce utopia, nesse país de faz de contas, nesse país que a figura do capitão do mato ainda é lembrada com saudades por àqueles, que ainda hoje levam chibata. Tão pateticamente vivida por autoridades privadas (de privada mesmo!) que num gesto de sadismo e falta de amor próprio se valem disso para alimentarem sua própria desvalorização. Outra coisa que chamou atenção neste último final de semana foi a grande quantidade de anúncios nos classificados do jornal com vagas para professores. Alguém poderia argumenta: “normal, precisa-se então anuncia!” Pode ser, quem sabe. No entanto, acho estranho. Se dizem que a educação é importante, se falam que investem e que está melhorando, então, porque há vagas? Por fim, a geladeira não é um lugar tão frio como dizem. Produzo melhor quando estou em lugares mais frios, apesar de ter que tomar um cuidado maior com o pulmão – tudo bem! Nada é perfeito! O fato é que as ideias fluem mais. Outra coisa boa de ficar na geladeira é que você não estraga e diminui a possibilidade de você misturar-se com frutas podres. O ano está só começando e, espero que continue assim.

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