domingo, 13 de janeiro de 2013

ao mundo de matrix

Não tem como fingir que algumas coisas não existem. Acho que no final das contas o que precisamos e de um pouco de silêncio. Menos facebook, nunca vi algo idiota do que esta ferramenta, que nos faz perder tempo com postagens bobas que não servem pra porra nenhuma. Menos televisão. O que tem de importante nestes meios de comunicação que não podemos ficar sem eles? No entanto, o que predomina é contrário. Barulho, face, televisão e monte de bobagens. Sem falar de todas as outras porcarias e besteiras que as pessoas fazem. Não tenho como fingir que estou feliz com essa merda de vida, medíocre, em um país igualmente medíocre, governado por pessoas medíocres e orientado por intelectuais, igualmente, medíocres. Isso aqui é um grande BBB, cheio de idiotas querendo se dar bem. Vazios. Supersticiosos. Minha vontade é de explodir. Isso não resolve; o que, então, resolve? Porra nenhuma resolve. O melhor é esperar o tempo passar, com sorte ficar velho e, como todos, morrer. Esta a vida, que não é vivida. Tirando todas essas porcarias que acabo de escrever tem outras coisas que procuro fazer: a primeira, ler. Sempre me consolei por meio das palavras, que pra mim se constituem um mundo à parte. Posso está no pior lugar ou na pior situação. Abrir um livro, me deparar com um universo de algum autor é sempre muito interessante. O mundo, que chamamos de real, nem sempre é tão real assim. Interesses políticos e pessoais moldam as realidades de acordo com as conveniências, por que não criar o seu próprio e, dar um sentido a vida a partir das convicções descoberta por eles? Confesso que nem sempre é fácil. As pessoas estão sempre acostumadas com o convencional, ou melhor, com um mundo pensado por elas e pra elas. Por isso dizem que essa porcaria de país está uma maravilha. Como a TV diz que está bom, então, está bom. Se dizem: “Comprem, comprem, pra serem felizes e fazer esse nosso país rico” As pessoas vão lá e compram acreditando está contribuindo para o desenvolvimento de nossa nação. Estou meio de saco cheio com algumas coisas. A vida na favela, junto a grande maioria da população tem sido interessante porque vejo, de dentro, que a realidade é bem mais trágica e de como a grande maioria se deixam levar até que venha a velhice e lhes levem até o céu. O barulho das músicas fúteis em carros de som guiados por jovens sem nenhum proposito na vida, a não ser gastar o pouco que ganha em bebidas e roupas iguais a dos seus ídolos do futebol. Fieis cantando num grande karaokê em nome do senhor, pouco importando-se com os vizinhos. Pessoas vestidas iguaizinhas, todas iguais e, igualmente, mal educadas. Incapazes de um bom dia. Preferem dizer: “Paz do senhor, irmão”. Por isso, não falam nada diferente disso. Tudo bem! Ninguém é perfeito. Não sou perfeito e, evito essas pessoas por razões obvias: não comungo de suas ideologias. Também, não comungo das ideias de outros, que não estão neste círculo religioso, mas que também não ficam pra trás num conservadorismo infantil, sem nenhum tipo de informação. Querem viver num novo estilo de vida: “nova classe média”. Acho que num domingo nublado e quente não vale a pena falar sobre isso. São reflexões que faço da favela. Lugar onde descobri quem são meus verdadeiros amigos, escrevo de um lugar que não gosto mas, respeito. Escrevo do lugar que aprendo o valor da arte e poder das palavras. Escrevo da favela, desmotivado. Tudo bem! Vou parar, e me encaminhar ao mundo de matrix.

Nenhum comentário: