quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Impressiona

Impressiona como alguns em busca dos seus interesses se tornam dissimulados. Somos, constantemente, obrigados não falarmos o que pensamos sob pena de não pagarmos o preço de nossas, verdadeiras, crenças. Quantas vezes sentimos vontade em falarmos o quanto nosso colega é medíocre diante de fatos dos quais, o próprio, se julga superior. “Olha só fulaninho não acredito nesse teu papo furado” ou ainda, “Como alguém tão incapaz, dentro dessas rotinas administrativas pode ser chefe?” “Mulherzinha medíocre, só está aqui pela buceta”, Pode ser ainda mais radical, “estou de saco cheio de tudo..., hoje não estou pra ninguém”. Isso eu chamo de verdadeira utopia. Essa coisa de mundo justo pessoas iguais é papo de quem quer o poder. Ou de uma classe média intelectual que tem vergonha de serem melhores economicamente. Impressiona a mediocridade de muitos jovens, sem ideias, sem criticas – inertes de frente do computador, em redes sociais com suas mensagens rídicas, em um ativismo passivo onde qualquer idiota pode se pronunciar sobre qualquer coisa. Muitos que pagam um curso superior que deveriam entregar-lhes no final diplomas de plásticos com luzes de led piscando. No final poderiam fazer uma festa igual ao que sempre fazem no final de semana, com muita cerveja, som alto de forma incompreensível e nenhuma conversa útil, aliás, pra quê conversar? Impressiona a falta de criatividade de quem escreve esse texto. Cansado e, precisando reorganizar as ideias. É sempre a exaustão de alguma coisa, e como estou cansado de uma gente feia e ignorante, incapazes de um gesto humano, estes vivem e morrem como bichos que trabalham até a exaustão. Não há beleza, há apenas a estupidez de quem precisa chegar rapidamente até o seu senhor, para que na hora marcada lhe dê um belo chute e, lhe diga o quanto o trabalho deles foi inútil, porque simplesmente, amanhã terá outro no seu lugar. Mesmo deixando tudo isso de lado, às vezes não dá pra disfarçar. Impossível criarmos um mundo só nosso. Por que quanto estamos na fila do banco nos deparamos com esses criaturas tacanhas que no auge de sua sabedoria, sempre dão o “jeitinho” de passarem na frente, isso acontece, também, na barbárie do transporte coletivo, onde o que está ruim, pode com toda estupidez ficar ainda pior. Isso é algo pequeno, se comparado à realidade maior. No fim, impressiona a fatalidade da pressa que serve apenas para nos matar, ainda mais rápido. Apenas isso.

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