Segunda-feira, dia 18/jan, compartilhei uma postagem de um jornal
local que trata sobre a nova direita (ver o link). Vi como importante
a matéria porque trata de um amadurecimento da sociedade brasileira
que depois de anos convivendo com a ditadura militar e sonhando com a
democracia, não vislumbrava mudanças que não passasse
necessariamente pelo campo das esquerdas. De fato, naquele contexto –
com um regime político autoritário com apoio dos EUA que temiam um
avanço do socialismo soviético na América Latina – qual luta
contra o modelo teria que passar pela esquerda. O MDB – por exemplo
– agregava várias tendências ideológicas em prol de abertura
política. Os dois grandes partidos que vão se reestruturando, já a
partir da “abertura lenta e gradual”, o PT e PSDB já vislumbram
como partidos antagônicos, no entanto, suas referências de lutas
políticas ainda era a consolidação de um novo sistema, neste caso
a democracia.
Passados quase três décadas – embora muitos discordem – a
sociedade mudou. Uma nova geração de brasileiros veem parte deste
história pelos livros, filmes e documentários. Com essa crise
política, o que temos é muito mais avançado política e
institucionalmente do que tínhamos no passado. Mesmo com segmentos
de uma impressa pouco comprometida em mostrar os dois lados da mesma
história, não podemos legar que a liberdade de expressão alcançou
seu ideal, por todas as alternativas que são possíveis. No passado
àqueles que ousassem falar contra os interesses de determinados
segmentos corria sério risco. Enfim, toda essa ampliação e
consolidação da democracia tem sido saudável e nada mais natural,
num Estado Democrático de Direitos que tenhamos grupos políticos de
direita, de esquerda, de lado, de cima, de baixo, verde, azul,
amarelo e, tantos outros que surjam na arena das lutas políticas.
Estou colocando isso, porque vejo como lamentável que algumas
pessoas (ao que parece, ditas de esquerda) tenham deixado de falar
comigo, num gesto muito semelhante ao que se fazia anos de 1964,
quando encontravam alguém de “direita”. Tenho certo receio de
grupos e/ou pessoas que se colocam como manipuladores da verdade e
que propõe um único caminho. Tenho medo, inclusive, porque é isso
que fazem os grandes ditadores – tanto da direita, quanto da
esquerda. Vejo que muitos seguem bandeiras e cores, dando um status
de fanatismos. Se o grande Líder disser: chora! Os seguidores
choram, e por aí vai.
Aos que me repudiaram digo apenas que viver na democracia requer o
respeito as posições que o outro assuma – isso em todos os níveis
e graus da vida. No referente ao aspecto político, nada mais
saudável que alternância de poder – respeitando (obviamente) as
regras do jogo. Ao que me repudiam, digo que não estou disposto a
ouvir, qualquer um dizendo o que é certo ou errado. Respeito suas
posições e espero ser respeitado. Não trata entre ser verde ou
azul, mas de mostrar perspectivas até, então, pouco conhecida em
nossa realidade. E, como não sou político (partidário de nenhuma
cor), não sou adepto da ideia de que os fins justificam os meios.
Isso não é critério ético do qual me oriente. Graças a Deus!
OBS:
Ah! Antes que alguém venha argumentar que “nunca se fez
tanto...”, digo que isto não tem nada a ver com políticas
públicas.
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