Saindo do campo econômico vivemos um período quente na tomada de
decisões. Ser contra ou a favor sempre foi saudável e nos localiza
no mundo, no entanto, estamos um pouco além. Não quero explicitar
perspectivas pessoais, mas apenas relatar que todas os movimentos que
assistimos e outros que viram fazem parte de algo saudável na
democracia. As pessoas se mexem em função dos interesses e de todos
os valores que se põe como elemento formador de sua identidade. Acho
fantástico isso.
De tudo isso, tenho medo apenas da censura e/ou daquilo que se
convencionar a aceitar como sendo permito do discutir ou não. Há
tendência despóticas em qualquer segmento que se veem fechados em
suas ideias. Se há diferenças é porque há concepções
diferentes. Nada demais. Quando isso ocorre cabe o respeito e, se o
diálogo não for possível, continua cabendo o respeito, com a
diferença que cada um vai pro seu canto. Censurar, calar por meio do
poder simbólico é regredir.
Em momentos difíceis faz-se necessário inventar caminhos, traçar
novas estratégias. Para além disso, vejo a necessidade do
posicionamento interior. Guiar-se por suas convicções, mesmo
sabendo do peso das retaliações, das censuras, das forças
contrárias que em algum momento podem te derrubar. É o risco que se
corre. O outro lado é a tentativa do acerto. O importante é está
consciente, mesmo quando a opinião e postura é que as pessoas menos
valorizam.
Arthur
Schopenhauer
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