Baixo
crescimento econômico. Aumento dos combustíveis. Aumento da taxa de juros
(afetando créditos), não reajuste da
tabela de imposto de renda levando mais pessoas a serem mordidas (por que não trucidadas)
com os dentes afiados do leão. Algumas indústrias demitindo sob alegação de
cortes e reajustes na linha de produção. Em Recife – para não ficar tão
abstrato – logo nos primeiros dias denúncias de superlotação no Hospital Getúlio
Vargas, no presídios rebelião que vitimou um servidor público e dois detentos.
No Agreste e Sertão problemas eternos com a falta de água. Rumores de tristes perspectiva de corte nos repasses à prefeituras – a exemplo Serra Talhada,
Limoeiro e Moreno que cancelaram gastos para o carnaval 2015 (embora não veja como
problema).
Questões estruturais
en passant, por que as velhas persistem: baixa qualidade do transporte público (ou seria privada mesmo?!),
problemas com a qualidade da educação pública
- muito embora tenho consciência que muitos acham o contrário – saúde pública
que sangra diante de uma estrutura quebrada. Não vou falar dos políticos
corruptos - até porque não há problemas
com os políticos e, nem com as instituições. Embora a maioria discorde, os
problemas que vivenciamos na última greve da polícia militar, aquele tensão e
os distúrbios demonstra o Ethos de uma
sociedade que não assumiu a respirabilidade de cuidar si e da COMUnidade. É a
maldita cordialidade – tão bem ilustrada por Sérgio Buarque – que faz
pactuarmos com pequenos subterfúgios às regras de boa convivência, seguir as
regras institucionais pode significar acumular inimigos. Exemplo: Furar a fila
de banco quando encontra um conhecido, “dá pra pagar isso? É só uma conta”; ou
ainda motoristas que furam o sinal de trânsito – porque se acham mais portadores
de direitos que os pedestres – isto sem falar dos carros estacionados em cima
da calçada -, ainda sobre essas bizarrices cordiais lembro de ter ouvido de
alguns que ‘ter amizade’, ou ter alguém conhecido em algum departamento é super
importante para agilizar sua necessidade; quem não conhece o ditado: “aos
amigos tudo, aos inimigos a lei”, pra terminar por que não lembra de umas das
leis - que todas as vezes que leio fico
impressionado com tamanha genialidade: “Antes de entrar no elevador, verifique se
o mesmo encontra-se parado neste andar” (acho que é mais ou menos isso).
Bom! Não quero
ser mais chato, do que estou sendo. Para tudo isso quero dizer apenas, não
acontece nada demais, a não ser a velha repetição “de mais do mesmo”. Não estou
afirmando que não melhoramos, muito pelo contrário, temos mudanças
importantes - que são, inclusive,
estruturais. Um das cenas mais fantásticas que pude presenciar foi uma mãe
muito feliz porque a filha tinha conseguido uma vaga para o curso de jornalismo
na UNICAP, estava tão feliz que não
conseguia concentrar-se atrás do balcão da padaria que trabalhava. Isso
acontece quando há política de Estado – como um direito que acontece. Tudo que
se lê e assiste sobre a conjuntura atual, penso que será mais do mesmo. Não se
pode negar, obviamente, as dificuldades para muitos vindo na forma triste do
desemprego, no entanto, consequência de um modelo de economia do qual o próprio
Karl Marx já preconizava no século XIX: “burguesia cavando sua própria cova”. Claro!
Não estamos numa cova, é apenas um clico que se repete. O problema é: até
quando?
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