sábado, 11 de outubro de 2014

O que temos para o momento que não seja ideias desconexas?

O fim de semana, por vezes, pode representar inicio de alguma coisa que está por se definir. Uma semana paradinho e sem ideias justo agora, com a bunda na cadeira entendo que é preciso recomeçar lentamente. Olho para parede branca, as portas nas cores cinzas, serenamente determinando o padrão. Padrão branco com portas cinzas. Talvez seja por isso que ninguém me responde a um “bom dia”. Estou, igualmente, de saída e fecham a porta. Outra placa diz: “cuidado! Entrada e saída de veículos”. Talvez não tenha a classe necessária para habitar. Penso que as vezes povoamos, ocupamos os espaços e numa atitude liberal cercamos. Nisto limitamos nossa civilização.
Sempre estou a retomar algo que muitas vezes fi deixado para trás por forças da circunstâncias mais humanas e corriqueiras na vida de um homem comum. Simplesmente, é preciso botar o feijão na mesa, assim, como pagar as contas de luz, água e telefone, então corremos e, nesta busca desesperada por um lugar ao sol compramos para além do que precisamos para viver. Compramos o discurso desqualificado de quem nos pretende dominar, compramos – por vezes – nosso próprio esquecimento.
Mas ao que vinha pensando no inicio: não se trata de recomeçar,apenas perceber que as coisas estão acontecendo ao seu redor, mas a caneta continua lá. Parada. Algumas até secaram porquê faz bastante tempo que não são usadas. Continuaram assim. Outras vão secar. Não há tempo a não ser àquele que me ponho a repensar sobre a retomada, dos trabalhos que precisam ser escritos. Acho que para isso não é preciso muito. Apenas vontade e disposição do tempo. O fim de semana, por vezes pode ser bom por isso. Nada de televisão – fugindo em especial do programa eleitoral que, felizmente, ainda não é obrigatório para o telespectador. Internet? Se for apenas para informação. Nada de facebook. Estou um pouco cansado de ler mensagens de pouco conteúdo. As frases soltas não tem efeito nenhum. A única coisa que faz é nos cansar. Caso consiga terminar a leitura de algum livro me dou por satisfeito. Caso consiga escrever algo útil, talvez ganhe a semana que passou. O importante é sair um pouco da lógica repetitiva, que na prática é um círculo destrutivo.

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