A conjunta cultural,
política e social de nosso país tende a valorizar o que de mais
vulgar possa surgir. A começar pelo próprio cumprimento de coisas
básicas, o que muitos intelectóides chamam de cidadania, que hoje,
tem se reduzido às esmolas governamentais - para muitos tido como
políticas públicas, e os demais itens como saúde, educação,
segurança pública entram no espetáculo dos números e das
propagandas fantasiosas, no qual a grande façanha é distrair o povo
e os religiosos de partido que se caminham no rumo da verdade. Do
outro lado, o discuso do compromisso e da meritocracia do qual se
servem como elementos de legitimação a uma ordem burra e escrota,
porque é incapaz da autocritica, na verdade buscam sobre o argumento
de um monte de coisas – inclusive metafísicas - para legitimar-se
e justificar-se num processo que tenta por os demais numa ordem do
legitimamente e politicamente correto. Fodem os outros. Usurpam a
dignidade, mas estão legalizados por aquilo que podem tirar de um
homem com a maior facilidade: a dignidade daquilo que fazem. OH! Por
quê és tão distinta e fodes a todos com teu sorriso?
Que ….. é essa que
chamamos de cidadania? De que cidadania, cidadão estás a falar?
Quem garante teus direitos quando teus deveres são cumpridos ao
limite de tua condição física? A quem recorres, quando não tens a
quem recorrer?
Que cidadania se não és
cidadão? Quando a busca de direitos pode ser a perda de um direito?
Que cidadania se ainda no relacionamos na mesma lógica da Casa
Grande de Gilberto Freyre? Nas relações de favores, na fronteira
entre a Senzala e a Cozinha. Nessa relação os mais simpáticos
viram capitão do mato e agem como tal, a lapiar as costas dos mais
fracos. Que cidadania, se não temos ainda as chaves da senzala, se
fomos forçados e levar os sacos de café que irá aquecer as doces
reuniões dos lordes ingleses. Que cidadania se o seu ideal é o que
dizem que devemos buscar?
Enquanto isso,
valorizamos o que há de mais vulgar (já disse isso), arrumamos as
melhores justificativas, mas só àquela que nos é conveniente.
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