Algumas preocupações ...

A marcha pela família com Deus pela liberdade, mesmo tendo poucos adeptos é preocupante, sim. Soma-se isso à presença de movimentos fascistas do qual a sua própria existência, por si só, é motivo de preocupação.  Preocupa porque este não é o sentimento de um grupo radical e atraso do ponto de vista da consolidação de uma sociedade moderna e democrática (mesmo com todos os problemas que vivemos diariamente), mas porque ouvimos  - por parte de uma sociedade acéfala – nas filas de supermercados, em bancos, nos coletivos percepções de que “naquele tempo as coisas eram melhores e não se tinha os problemas de hoje”, infelizmente, escuto isso de jovens que nunca se deram ao trabalho de lerem e estudarem mais profundamente sua própria história e, por isso, com suas mentes envelhecidas pela preguiça do consumo e das coisas fáceis se tornam débeis políticos reproduzindo como papagaio o que ouvem.  Então, aos fracos e sem personalidade, talvez, seja mais fácil entregar o controle de suas vidas ao déspota – que adora pessoas acomodadas e alienadas  - afinal é disso que nosso sistema vive.

Por outro lado, independente de posições políticas, há setores que se mobilizam no sentido de se colocarem contra a um retrocesso que aproxima-se da completa irracionalidade. Se as coisas estão ruins que usemos o voto, os movimentos sociais, a justiça – naquilo que é possível, e que tenhamos a clareza o exercício da democracia é construção coletiva que não acaba nunca e, por isso, se não avançamos como deveríamos não significa que tenhamos que voltar atrás, como covardes.

Mulheres e Homens, independente de perspectivas políticas devemos repensar nosso modelo de sociedade, mas com um passo a mais – na construção de valores que priorizem a vida como exercício de liberdade, para além das coisas fúteis que nos emporcalham e nos deixam débeis, a exemplo, do que escuto nesse momento – de um carro de som incomodando com músicas débeis e sem nenhum valor... – Nesse país onde sua população entrega tudo ao Estado creio que pra estes o tanto faz é uma carta aos oportunistas e aos déspotas que assombram o pouco que conquistamos até aqui...