sábado, 20 de setembro de 2014

Escrevendo sobre o nada

Revendo alguns filmes com a tema político, seja como história principal ou pano de fundo, percebi que nessas histórias um dos grandes instrumentos estava a escrita. Jornalistas e/ou escritores, como políticos, simpatizantes ou mesmo como alguém que estava apenas a narrar uma história, descrever sua realidade. Em tempos de redes sociais, blogs e sites parece não fazer muito sentido escrever sobre isso. Praticamente, todo mundo está falando alguma coisa a alguém. Muitas vezes, são palavras que vão se soltando sem um endereço e ou objetivo. Vejo um pouco isso nas redes sociais. Tudo mundo fala tudo e ninguém objetivamente fala nada, e àquele papel que descrevi linhas acima parece não fazer nenhum sentido.
Lembro que a primeira vez que decidi escrever num blog pensava sobre essa possibilidade. Não demorei para perceber que isso dependia de outros fatores. Mesmo sabendo que meus escritos teriam pouco valor não desisti de continuar escrevendo. Acredito que tenha uma utilidade mais pessoal, um caráter mais reflexivo.
Ainda acho que a comunicação escrita tem um papel. Obviamente, não me coloco como escritor- no sentido clássico da palavra -, mas, o faço para manter convicções pessoais, uma delas para fugir de algo que sempre me negaram, que é escrever como acadêmico. Narrar, descrever coisas sem sentido, inventar uma forma própria de comunicação. Pra mim isso já basta.

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